"Sempre que o cabelo lhe ficava pesado demais, ele o cortava e o pesava:
eram dois quilos e quatrocentos gramas, segundo o padrão do rei"
II Samuel 14,26 (NVI)
eram dois quilos e quatrocentos gramas, segundo o padrão do rei"
II Samuel 14,26 (NVI)
Sou careca. Não tenho recalques sobre o tema. Até gosto de ser careca. Inclusive, por mais contraditório que seja: eu corto o meu próprio não-cabelo. Sou da turma dos carecas até a morte.
Há quem tente esconder a fio a sua calvície. Subterfúgios múltiplos: parcos fios atravessando leste ao oeste, uma ilha solitária de penugens no cume da testa, cremes milagrosos Black Power Rastafarianos ou a tão ridícula peruca.
Eu sou você amanhã.
Agora, há os cabeludos. Os Tony Ramos da cabeça. Gente tipo Capitão Caverna. Você olha e parece que naquela imensidão de cabelos se encontra os achados e perdidos do Terminal Tietê. Cabelo pra dar com o pé.
Esse era Absalão, filho de Davi.
O cara era o Hopi Hari dos piolhos, o maior consumidor de shampoo de todo Israel, pra fazer chapinha naquele cabelo eram necessárias duas chapas George Foreman. Coitado dos barbeiros do reino: eles não marcavam um horário pra cortar aquele cabelo, já reservava uma semana para o ofício. Eram 2,4kg de cabelo.
Acho que nem Esaú - o menino lobo da Bíblia - tinha tanto cabelo quanto ele; nem a Gal Costa faria páreo a Absalão.
E assim era o filho do rei: belo, e cabeludo. Eu? Só belo.