"Dentre todos esses soldados havia 700 canhotos, muito hábeis,
e cada um deles podia atirar com a funda uma pedra num cabelo sem errar"
Juízes 20,16 (NVI)
E houve guerra.
Artefatos de guerra mudam. Outrora eram simplesmente: pedras.
Davi, um grande rei de Israel, surgiu no cenário bélico tacando pedras. Ou melhor, somente uma na cabeça de um gigante, daqueles tipo do Senhor de Anéis. Três chances, acertou na primeira.
Era uma cultura: saber atirar pedras.
As crianças, acredito, já nasciam atirando tudo o que viam pela frente.
Atiravam mamadeiras, fraldas, candelabros, chupetas, quipás, urins e tumins e pedras.
Havia torneios de pedras ao alvo. Um verdadeiro UFC das pedras.
Era uma arte - não bastava atirar, tinha que acertar.
Ali, no dia a dia, que os olheiros do exército peneiravam os melhores, a tropa de elite dos atiradores de pedra.
Mas, desta vez, havia uma sacada, um desarranjo para o time adversário: 700 braçudos atiradores, porém canhotos. Sinistro!
Exímios, perfeitos, milimétricos.
Não eram treinados para acertar meras maçãs nas cabeças dos Benjamins da vida, os alvos eram os próprios cabelos. Muitos ficaram carecas.
Assim surgiu o pelotão Setecentos, sem Rodrigo Santoro.
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